A mulher e o dragão - Guerra no Céu
“No capítulo 12 começa nova seqüência profética que continua até o fim do livro do Apocalipse. Estes capítulos no mostram que a Igreja de Deus está continuamente em conflito com o mal durante a grande controvérsia entre Cristo e Satanás. Nosso Senhor também retrata a impressionante vitória da Igreja. Em linguagem simbólica, Ele descreve a volta do Rei dos reis para livrar Seu povo, o Milênio e a recriação da Terra. Promete viver com Seu povo (Apoc. 21:1-3) e ter mais íntima comunhão com eles do que mantinha com os nossos primeiros pais no Jardim do Éden.” – LES893, p. 3.
“No capítulo 12 começa nova seqüência profética que continua até o fim do livro do Apocalipse. Estes capítulos no mostram que a Igreja de Deus está continuamente em conflito com o mal durante a grande controvérsia entre Cristo e Satanás. Nosso Senhor também retrata a impressionante vitória da Igreja. Em linguagem simbólica, Ele descreve a volta do Rei dos reis para livrar Seu povo, o Milênio e a recriação da Terra. Promete viver com Seu povo (Apoc. 21:1-3) e ter mais íntima comunhão com eles do que mantinha com os nossos primeiros pais no Jardim do Éden.” – LES893, p. 3.
“Por meio de símbolos,
Apocalipse 12 desdobra a profecia que Deus fez no éden depois da queda. (Ver
Gênesis 3:15.) Aí o Senhor fala à serpente
(Satanás) a respeito de Eva – a mulher e
seus descendentes (a igreja de Deus) e seu principal Descendente (Cristo). Haveria ‘inimizade’ entre os seguidores de
Satanás e a Igreja. Satanás ‘feriria’ o calcanhar de Cristo (o Calvário), mas
Cristo esmagaria finalmente a cabeça da serpente (a destruição de Satanás e de
todos os efeitos do pecado).
“Em Apocalipse 12 vemos esta
profecia desenrolar-se na História. Os personagens são os mesmos: a mulher (a
Igreja); a serpente (Satanás como o dragão, a ‘antiga serpente’, v. 9); o
Descendente (o ‘Filho varão’, vs. 5 e 13). Vemos a ira e perseguição de Satanás
contra a Igreja e seu Senhor. Além dessas agressões esperadas, devemos dar,
porém, especial destaque á intervenção de Deus e Seus bondosos atos em favor de
Seu povo. Deus jamais abandona Sua Igreja. Ela é a ‘menina do Seu olho’ (Zac.
2:8)” – LES893, p. 5.
12:1 E viu-se um grande sinal no céu: uma
mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze
estrelas sobre a sua cabeça.
A mulher – “A mulher pura representa a Igreja verdadeira.” – SRA/EP,
p. 95.
“...a ‘mulher’ de Apocalipse 12 ... representa os verdadeiros seguidores
de Deus – Sua Igreja no decorrer da História, especialmente a partir do tempo
em que Cristo viveu aqui com a humanidade.” – LES892, p. 17.
“Compare a mulher simbólica de Apocalipse 12:1 com a mulher simbólica de
Apocalipse 17:1-6. Elas são tão diferentes como a linguagem humana é capaz de
descrevê-las. Leia então Jeremias 6:2 e II Coríntios 11:2, e resuma o que o
Antigo e o Novo Testamentos dizem sobre o tipo de mulher que representa o povo
de Deus. (Compare Isaías 54:5 e 6 com Oséias 2:19 e 20.)
“Se a mulher de Apocalipse 12:1 tem um nome, deve ser o seguinte: ‘A
Igreja Fiel do Cordeiro de Deus.’ – LES893,
p. 139.
“A verdadeira Igreja em toda as épocas. ‘Visto que ela é apresentada
como prestes a dar à luz a Cristo (versos 2, 4 e 5) e, mais tarde, como sendo
perseguida depois da ascensão de Cristo (versos 5 e 13-17), essa mulher
representa a Igreja tanto do Antigo como do Novo testamento.’ – SDABC, vol. 7, pág. 807.
“Sendo que a profecia de
Apocalipse 12 foi dada no primeiro século da história da Igreja Cristã, a
ênfase recai principalmente sobre o período da Igreja no Novo Testamento.” – LES893, p. 5.
“Usando o símbolo de uma mulher
pura, em contraste com a mulher impura do capítulo 17, Cristo descreve as lutas
e a perseverança da Igreja Cristã, especialmente durante os séculos depois de
Sua encarnação. Embora o diabo se oponha a nós com grande ira, devemos
lembrar-nos de que Cristo o derrotou. Em Apocalipse 12 é dada a fórmula para
vitória sobre o maligno.
“A história do povo de Deus,
desde o tempo em que nossos primeiros pais caíram em pecado até o fim do tempo
da graça, é uma cena de contínuo molestamento causado por Satanás e suas
forças. O dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, tem tido o
mesmo alvo através da História: combater a Deus, a Cristo, ao Espírito Santo, a
Sua Igreja e seus dirigentes, e a Seu povo fiel. A História relata derramamento
de sangue, calabouços, prisões, decapitações, fogueiras, oposição de dentro e
de fora. É lamentável que a história da Igreja nem sempre constituiu o
cumprimento da oração de Cristo: ‘A fim de que todos sejam um.’ S. João 17:21.”
– LES893, p. 4
Vestida do Sol – “O Sol representa a Cristo (Salmo 84:11).” – SRA/EP,
p. 95.
“Que é simbolizado pelo Sol de que está vestida a mulher descrita em
Apocalipse 12:1? Sal. 84:11; S. Mat.
13:43; S. João 8:12; Rom. 13:12-14.
“A justiça de Cristo nos é concedida pelo
Espírito Santo quando aceitamos a Jesus como Salvador e Senhor. (Ver Efés. 3:16
e 17; S. João 14:17 e 20; Ezeq. 36:27.)
A
luz de Cristo é para todos. “Deus é luz; e nas palavras: ‘Eu sou a luz do mundo’, Cristo declarou
Sua unidade com Deus e Sua relação para com a família humana. Fora Ele que, no
princípio, fizera com que ‘das trevas resplandecesse a luz’. II Cor. 4:6.” – O Desejado de Todas as Nações, ed.
Popular, p. 448.
Lua – “Assim como a Lua reflete a glória do Sol, as Escrituras,
escritas por ‘homens santos de Deus ..., inspirados pelo Espírito Santo’ (II S.
Ped. 1:21), refletem a glória de Cristo. (Ver S. João 5:39; S. Luc. 24:27 e
44.) Dizer que a Igreja está firmada sobre a Palavra de Deus (a Bíblia) é
apenas outra maneira de dizer que ela está fundada sobre Jesus Cristo. A Igreja
está firmada em toda a Palavra de Deus – tanto o Antigo como o Novo Testamento.
Não é convincente afirmar que, estando a mulher prestes a dar à luz de Cristo,
a Lua representa somente o Antigo Testamento. Segundo indica Apocalipse 12, a
mulher representa a Igreja no decorrer da Era Cristã. Esta Igreja expõe a pessoa
de Cristo ao mundo da maneira pela qual Ele é apresentado nas Escrituras e do
Novo Testamentos. ...
“A Lua constitui um símbolo apropriado do fundamento sobre o qual se
encontra a Igreja. Assim como a Lua reflete a luz do Sol, as Escrituras, usando
linguagem humana, refletem as grandes verdades que Deus revelou sobre Si
próprio e sobre o plano da salvação
“O Antigo Testamento era a Bíblia usada tanto por Jesus como pelos
apóstolos. Seu sistema cerimonial temporário deixou de Ter validade na cruz,
mas as suas permanentes verdades morais e espirituais continuam sendo nossa
herança cristã.” – LES893, p. 6, 7 e
8.
“A lua, que reflete a luz do Sol, poderia ser o sistema de sacrifícios
do Antigo Testamento que refletia a obra de Jesus (Hebreus 9:9-12, 23, 24).” – SRA/EP,
p. 95.
Coroa de 12 estrelas - “Apoc. 3:11; comparar com Heb. 11:12; Apoc.
21:12 e 14.
“A Coroa representa a vitória espiritual e a vida eterna concedidas aos
crentes no tempo presente. (Ver S. João 3:36; 5:24; I S. João 5:4 e 11-13.)
Estrelas, na Escritura, freqüentemente simbolizam o fiel povo de Deus como um
todo. (Ver Dan. 8:10; 12:3.) O número 12 comumente se refere às doze tribos de
Israel ou aos doze apóstolos que representam a Igreja Cristã. Esse número não
se aplica, porém, exclusivamente aos doze patriarcas e aos doze apóstolos.
Muitas vezes é usado para abranger todo o povo de Deus que é simbolizado pelos
patriarcas e apóstolos. (Comparar S. Mat. 19:28 com I Cor. 6:2; ver também S.
Tia. 1:1.)
“As doze estrelas de Apocalipse 12:1 são um símbolo da totalidade do
fiel povo de Deus que está seguindo os princípios divinos dados a Israel e à
Igreja Cristã, e que permite que a luz da verdade brilhe por seu intermédio.
‘Como no Antigo Testamento os doze patriarcas ocupavam o lugar de representantes de Israel, assim os doze
apóstolos representam a igreja
evangélica.’ Atos dos Apóstolos, pág.
19. (Grifo acrescentado.) ...
“Apocalipse 12:1 retrata a Igreja inteira iluminada com a presença de
Deus. É tal espécie de Igreja que moverá o mundo e suscitará a ira do diabo.” –
LES893, p. 6 e 7.
12:2 E estando grávida, gritava com as
dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
Gravidez – “Assim como há um longo período de desenvolvimento no
ventre materno antes do nascimento de uma criança, houve também um longo
período de espera pelo Redentor prometido. ‘Vindo, porém, a plenitude do tempo,
Deus enviou Seu Filho.’ Gál. 4:4.” – LES892, p. 9.
Dores
de parto – “Apocalipse
12:2 se refere à Igreja sofrendo dores de parto para apresentar a mensagem do
evangelho ao mundo. (Ver Gál. 4:19.) Em todas as eras, crentes cristãos, em
diversos lugares, tiveram de enfrentar oposição espiritual e política em seus
esforços para apresentar a Cristo aos que não O conhecem.” – LES893, p. 8
12:3 Viu-se também outro sinal no céu:
eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as
suas cabeças sete diademas;
Dragão – “No sentido primário o dragão é Satanás (verso 9). No
sentido secundário, o dragão representa os poderes terrestres usados por Satanás
para combater a Cristo, Sua verdade e Seu povo. Satanás agiu por meio do
Império Romano para matar a Cristo e atacar o evangelho e a Igreja primitiva
(verso 4). Ele usou também o papado medieval para impelir a Igreja ao deserto,
onde ela foi perseguida por 1.260 anos (de 538 A.D. a 1798 A.D.). Versos 6 e
13-16. Ao nos aproximarmos do fim do tempo, Satanás usará uma união
político-religiosa apóstata, na tentativa de destruir a Igreja cristã
remanescente. (Apoc. 12:17; comparar com o capítulo 17.) Visto que o dragão de
Apocalipse tem essa quádrupla aplicação (Satanás, O Império Romano, o papado e
‘Babilônia’ antitípica), ele se equipara aos poderes da ponta pequena
mencionados em Daniel 7 e 8.” – LES893,
p. 10 e 11.
“A interpretação do ‘dragão’. O verso 9 claramente identifica o símbolo com Satanás.
Ele age, porém, por meio de instrumentalidades secundárias. No livro de Daniel,
animais e cabeças de animais são
usados para simbolizar reinos (Dan. 7:23; 7:6; 8:8 e 22). Cornos ou chifres
também representam poderes dominantes (Dan. 7:24 e 25; 8:8 e 22). Por isso, o
dragão vermelho com várias cabeças e chifres pode ser interpretado como um
poder político ou como uma variedade de poderes pelos quais Satanás, em tempos
diferentes, opera para a realização de seus objetivos. ” – LES893, p. 11.
Sete cabeças e dez chifres – “Satanás planejou destruir a Cristo e
a Igreja cristã primitiva por meio de Roma pagã, dos Césares, pelo que este
dragão também a representa como instrumento de Satanás. Ajudam-nos a entende-lo
assim, as 7 cabeças (Apocalipse 13:2) que representam os 7 montes (Apocalipse
17:9) onde estava edificada Roma, cidade das 7 colinas. Os 10 chifres
(Apocalipse 12:3) são os 10 reinos que surgiram da desintegração de Roma pagã
(Daniel 7:24, 25), onde também nos diz que, depois do surgimento das nações
européias, apareceria o anticristo.” – SRA/EP, p. 96.
“Parece razoável deduzir que as sete cabeças do dragão representam
poderes políticos que têm defendido a causa do dragão e por meio dos quais o
dragão tem exercido o seu poder perseguidor... . A besta do capítulo 13 e a do
capítulo 17 tinham também dez chifres cada uma. Alguns afirmam que os dez
chifres do dragão são idênticos aos dessas duas bestas, e que os últimos são
idênticos aos dez chifres do quarto animal de Daniel 7.” – SDABC, vol.7, p. 808, citado em LES893,
p. 11.
“As mesmas sete cabeças e dez
chifres são mencionados em três capítulos do Apocalipse: capítulos 12, 13 e 17.
Sabemos que cinco das cabeças do dragão se referem a reinos ou nações que haviam
caído por volta do tempo do apóstolo João. (ver Apoc. 17:10.) O Antigo
Testamento expõe cinco poderes que, antes do tempo de João, atacaram e
subjugaram sucessivamente o povo escolhido de Deus, procurando destruir suas
crenças religiosas. Alguns declaram que essas nações foram o Egito, a Assíria,
Babilônia, Média-Pérsia e Grécia. As sexta cabeça é considerada o poder
político que existia no tempo do apóstolo João – o Império Romano. A sétima
cabeça seria, portanto, o poder mundial mais significativo que se seguiu ao
Império Romano: o Papado medieval. Como é salientado no livro de Daniel e no
Apocalipse, o Império Romano foi dividido em numerosos fragmentos políticos, e
o papado tomou o seu lugar como a principal influência no Ocidente.
“Ao passo que as cabeças são
representadas por poderes mundiais sucessivos, os chifres representam poderes
que existem simultaneamente. (Ver Apoc. 17:12-14; comparar com Dan. 7:7, 20 e
24.) Devido à óbvia relação entre Apocalipse 12, 13 e 17, e Daniel 2 e 7,
podemos dizer que os dez chifres representam as partes em que finalmente foi
dividido o Império Romano. Essas partes tornaram-se Estados soberanos, os quais
no fim do tempo desempenham importante papel em apoiar a Babilônia antitípica,
‘até que se cumpram as palavras de Deus’ (Apoc. 17:17).” – LES893, p. 11.
12:4 a sua cauda levava após si a terça
parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante
da mulher que estava para dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o
filho.
Estrelas – “’Estrelas’ aqui significa anjos (Apocalipse 1:20).
Existe um antecedente que nos permite dar dita interpretação a este símbolo
apocalíptico. Jó, utilizando o estilo antigo da poesia hebraica de repetir a
idéia a fim de ampliar seu sentido, declarou que ‘... as estrelas da alva
juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus (Jô 38:7).
Em Judas 6, é-nos dito que Deus tem guardado asses anjos de indigna rebelião
para o dia do juízo, o que confirma o fato de que foram expulsos do Céu com
Satanás. ” – SRA/EP, p. 25.
Dragão – “Satanás, que
arrastou a terça parte das estrelas, ou anjos (Apocalipse 1:20), os
quais converteu em demônios, usou a Herodes que governava por conta de Roma,
para tentar matar a Jesus tão logo Ele nasceu em Belém (São Mateus 2:1-18). São
José e a bem-aventurada Virgem Maria foram avisados por um anjo e fugiram para
o Egito, cumprindo as profecias do Antigo Testamento (Jeremias 31:15; Oséias
11:1).” – SRA/EP, p. 96.
“Fácil será encontrar o poder simbolizado pelo dragão, porque o dragão
representa algum poder que tentou destruir [a Cristo] ao nascer. Fez-se alguma
tentativa nesse sentido? E quem a fez? Não é necessário dar uma resposta formal
a estas perguntas, para quem tenha lido como Herodes, num esforço hostil por
destruir o infante Jesus, mandou matar todas as crianças em Belém, até a idade
de dois anos. Mas quem era Herodes? - Um governador romano. De Roma procedia o
poder de Herodes.” – Uriah Smith, As
Profecias do Apocalipse, p. 188, citado em LES893, p. 11 e 12.
12:5 E deu à luz um filho, um varão que
há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado
para Deus e para o seu trono.
Filho – “O Filho da mulher (Apoc. 12:2) é a fonte de sua luz. Como
será evidente, o Apocalipse apresenta diversos pontos muito significativos a
respeito do Senhor da Igreja.
“O Messias estava prometido à
Igreja desde os dias do Antigo testamento. Por exemplo, foi escrito no século
VII A.C.: ‘Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o governo está sobre
os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz’ (Isaías 9:6). No Salmo 2:7-9 é profetizado que
haveria de reger as nações com vara de ferro, assim como é revelado em
Apocalipse 19:13-16, que o fará no final.” – SRA/EP, p. 95.
“O Filho da mulher era Deus encarnado. O Filho de Deus esteve
disposto a ‘esvaziar-Se’ (Fil. 2:7), a pôr de lado, durante certo tempo, o uso
de Seus atributos divinos de onisciência, onipotência, onipresença e glória. Ele
tornou-Se um ser humano como nós, nascido de mulher. Isto é condescendência que
está além de nossa compreensão.” – LES893,
p. 8.
“As três razões para identificar
o filho com Cristo, são as seguintes:
“* Cristo foi Aquele a quem o
diabo procurou destruir (Apoc. 12:4; S. Mat. 2; S. João 18 e 19).
“* Cristo regerá ‘todas as
nações com cetro de ferro’. (Apoc. 19:15; 2:27; Sal. 2:9; 89:23.)
“* Cristo ‘foi arrebatado para
Deus e para o Seu trono’ (S. Mar. 19:15; 2:27; S. Luc. 24:50 e 51; Atos
1:6-11.) – LES892, p. 9.
12:6 E a mulher fugiu para o deserto,
onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante
mil duzentos e sessenta dias.
No deserto por 1260 dias
– “Assim como o mar representa multidões (Apocalipse 17:15), o deserto
significa lugares despovoados e secretos. Os fiéis de Cristo não podiam se
reunir publicamente porque os matavam. Se aplicarmos aos 1.260 dias proféticos
o princípio de um dia por um ano (Ezequiel 4:6, 7; Número 14:34), estamos
frente a um período de 1.260 anos de perseguição que se localizam
historicamente desde que entrou em vigência o Edito de Justiniano, no ano de
538, até o ano de 1798, quando por intervenção napoleônica caduca o código de
Justiniano. Durante este período existiam muitas igrejas cristãs que
funcionavam abertamente como organizações; não obstante, não podemos
assinala-las como verdadeiras porque Deus disse que durante esse período Sua
verdadeira Igreja estava sendo mantida em segredo (Apocalipse 12:6, 14).” – SRA/EP,
p. 96.
12:7 Então houve guerra no céu: Miguel e
os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos
batalhavam,
Miguel – “Miguel é o nome dado a Cristo. (Comparar com Dan. 10:13,
21; 12:1; Jud. 9.) Apocalipse 12 dá um resumo do grande conflito, através de
quatro batalhas, nas quais Cristo e Satanás são as personagens principais.” – LES963, lição 11, p. 4.
“Miguel, que significa ‘Quem é
como Deus?’, é um dos nomes de Cristo. Em Judas 9 Miguel aparece como o Arcanjo
(chefe dos anjos). Jesus usa o nome de Miguel só quando aparece enfrentando
decididamente a Satanás, o qual queria ser como Deus (Isaías 14:14).
Encontramos um exemplo disto em Apocalipse 12:7. Nos versículos ... (Daniel
12:1, 2) se menciona a ressurreição que ocorrerá quando Jesus voltar para os
Seus (São João 5:28, 29; I Tessalonicenses 4:16). Jesus mesmo Se levantará em
favor de Seu povo e os libertará.” – SRA/EP, p. 109.
“Nessa profecia Cristo é retratado tanto em Seu estado preexistente como
Miguel, Capitão do exército do Senhor (ver Jos. 5:13-15; comparar com Dan.
12:1; I Tim. 2:5), quando no Seu estado encarnado como “Filho varão” (verso 5).
A expulsão inicial e física de Satanás e seus anjos por Cristo (Miguel) é agora
plenamente confirmada pela expulsão moral efetuada pela morte expiatória de
Cristo. Os versos 10 a 12 enfatizam esta expulsão moral realizada pela morte do
Salvador.” - LES893, p. 10.
12:8 mas não prevaleceram, nem mais o seu
lugar se achou no céu.
12:9 E foi precipitado o grande dragão, a
antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.
Satanás – “No livro de Ezequiel, Satanás é apresentado sob o
símbolo do perverso rei de Tiro. Ali é mencionado que ele foi criado perfeito
(Ezequiel 28:15), o que nos ajuda a entender que Deus não criou o diabo
perverso, como o é na atualidade.
“Nos versículos seguintes,
descreve-se um processo de autocorrupção que transformou esse ser perfeito,
Lúcifer, em diabo (anjo mau) sublevado contra Deus. A vaidade, o orgulho e a
ambição foram os passos degradantes que o levaram ao pecado (Ezequiel 28:16,
17), e fizeram dele o pai e iniciador do erro, da mentira e do pecado (São João
8:44).
“Outro aspecto importante que se
destaca em Isaías 14:12-14, sob o símbolo do rei de Babilônia, foi sua intenção
de ser semelhante a Deus, estabelecendo seu trono ali onde está o trono do
Altíssimo. Ali começa a rebelião cósmica cujo grande conflito é revelado no
Apocalipse. ...
“Por usurpação, Satanás se constituiu o príncipe deste mundo (São João
14:30), e os seres humanos, ao pecar, chegaram a ser seus cativos (Romanos
6:16; II Timóteo 2:26), a quem reclama como propriedade (I São João 3:8).
Cristo põe ao alcance de cada filho Seu armas para vencer os enganos de Satanás.”
– SRA/EP, p. 25.
“A rebelião de Satanás é inexplicável. Muitos têm, inutilmente,
procurado explicar como um anjo perfeito e santo, e que, ‘abaixo de Cristo,
fora o mais honrado por Deus’ (Patriarcas
e Profetas, pág. 15), podia ter-se rebelado contra um Deus amoroso,
perfeito e santo. ...‘Provou-se que sua
desafeição era sem causa’ (pág. 21), o que indica que não tem explicação.
Sabemos que ele teve inveja da posição de Cristo (pág. 17) e insinuou dúvidas
com respeito á lei de Deus (página 17), a qual constitui uma revelação do Seu
caráter (O Grande Conflito, pág. 468).
Satanás foi expulso do Céu com todos os anjos que concordaram com ele (II S.
Ped. 2:4).” – LES963, p. 12.
12:10 Então, ouvi uma grande voz no céu,
que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a
autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos
irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite.
Hino - “Alusão à crucifixão
de Cristo. Os versos 10 a 12 de Apocalipse 12 são considerados como um hino
que interpreta o significado da grande batalha descrita nos versos 7 a 9.” - LES893, p. 9.
Lançado fora -“Apocalipse 12:10 não se refere exclusivamente à
expulsão original de Satanás do Céu. O revelador está enaltecendo os eternos
benefícios do Calvário. O Cordeiro conquistou a salvação por Sua morte.
(Comparar com Apoc. 5:9 e 10.) A vitória da cruz resultou na expulsão do
‘acusador de nossos irmãos’. Agora a vida eterna pode ser concedida a todas as
pessoas arrependidas, quer tenham vivido antes ou depois da cruz. (Ver I. Cor.
15:17-23; Heb. 9:15.) O Calvário não somente é fundamental para a nossa
salvação, mas constitui também a garantia de que o Universo será para sempre
purificado dos resultados da rebelião de Satanás.” – LES893, p. 8 e 9.
“Precisamos compreender
claramente as duas ocasiões em que Satanás foi expulso: a)antes da criação do
mundo; b) quando Cristo o derrotou na cruz. Vivemos no tempo na ‘grande ira’ de
Satanás (Apoc. 12:12), pois ele sabe muito bem qual é o seu destino e que só
lhe resta ‘pouco tempo’. Mas a sua destruição definitiva é inevitável.” – LES893,
p. 12.
12:11 E eles o venceram pelo sangue do
Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a
morte.
Venceram – “Nosso grande segredo para vencer é
apegar-nos a Cristo, pois Ele já venceu a Satanás ns tentações do deserto, na
cruz e demonstrou Sua vitória ao ressuscitar dos mortos. O diabo sabe que está
perdido, por isso se apresenta como um leão que ruge (I São Pedro 5:8), pois ao
final do milênio apocalíptico será destruído no lago de fogo e enxofre
(Apocalipse 20:10, 14; Ezequiel 28:18, 19).” – SRA/EP, p. 27
12:12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós
que neles habitais. Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com
grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.
“A destruição final de Satanás
tornou-se certa em virtude do sacrifício de Cristo no Calvário. Apocalipse 12
revela que, desde a morte de Cristo na Cruz, o diabo tem estado ‘cheio de
grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta’ (verso 12). Sabemos hoje que
seu tempo quase se esgotou. Não é de estranhar que ele opere nestes últimos
dias por meio de pessoas, por meio de organizações políticas e religiosas, e
por todos os outros meios acessíveis, para enganar e destruir o povo de Deus.
Satanás odeia a Cristo e todos os que aceitaram Seu sacrifício pelos pecados
eles. São ‘tições tirados do fogo’ (Zac. 3:2), e as acusações de Satanás são
repelidas pelo Senhor.” – LES893, p.
43.
12:13 Quando o dragão se viu precipitado
na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão.
12:14 E foram dadas à mulher as duas asas
da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é
sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da
serpente.
12:15 E a serpente lançou da sua boca,
atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela
corrente.
12:16 A terra, porém acudiu à mulher; e a
terra abriu a boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca.
“A que período da história da Igreja Cristã se refere Apocalipse
12:14-16? Comparar com Dan. 7:25;
12:7; Apoc. 11:2 e 3; 12:6 e 14; 13:5.
“No verso 14, a mulher ‘é
sustentada durante um tempo, tempos, e metade de um tempo, fora da vista da
serpente’. No verso 6, ela está no deserto por 1.260 dias. ... Usando princípio de que um dia representa um ano na
profecia simbólica, os adventistas ensinam que esse período começou em 538 A.D.
e terminou em 1798 A.D. Durante esses 1.260 anos, o papado foi eclesiasticamente
supremo nalguns países europeus. Durante a Idade Média, a Europa ocidental
prestou homenagem ao Bispo de Roma. Os cristãos que preferiram seguir a Palavra
de Deus foram perseguidos por causa de sua fé. A Igreja e o Estado uniram-se
para destruí-los. A mão de Deus esteve Sua Igreja verdadeira, livrando-a da
extinção.” – LES893, p. 12 e 13.
“’A Terra ajudou a mulher’,
abrindo a boca e tragando o rio. A Reforma do século dezesseis começou a sua
obra. ... E em breve houve suficiente terreno protestante na Europa e no Novo
Mundo para engolir o rio da fúria papal e tirar-lhe o poder de danificar a
Igreja. A Terra ajudou assim a mulher, e tem continuado a ajuda-la até hoje,
nutrindo o espírito da reforma e de liberdade religiosa pelas principais nações
da cristandade.” – Uriah Smith, Daniel
and the Revelation, p. 558 e 559, citado em LES893, p. 13.
Os primeiros dezesseis versos
terminam em 1798 A.D., quando findaram os 1.260 anos que a Igreja passou no
‘deserto’. Em todas as épocas, até esse ponto, Deus teve verdadeiros seguidores
que muito sofreram por Ele. Nalgumas ocasiões parecia que eles seriam
eliminados da Terra, mas o diabo não teve permissão para extingui-los.” – LES893, p. 17.
“A primeira besta se ergue ‘do
mar’ (Apoc. 13:1). O mar representa a massa de humanidade da qual as nações se
formam. (ver Apoc. 17:15; comparar com Dan. 7:2 e 3.) A terra representa a
região relativamente livre de população humana.. Na Idade Média, e início da
era moderna, a ‘mulher’, os fiéis seguidores de Cristo, tiveram de fugir para
os lugares desabitados para escapar da perseguição (Apoc. 12:14 e 16). Dessa
forma é que foram fundados os Estados Unidos.” – LES963, lição 8, p. 6.
12:17 E o dragão irou-se contra a mulher,
e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de
Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.
Foi fazer guerra - “Os versos 1 a 16 salientam várias vezes que o
diabo atacou furiosamente a Cristo e Sua Igreja no decorrer da História. O
contexto do verso 17 indica que a ira de Satanás é manifestada contra a Igreja
depois de 1798. A Igreja do ‘tempo do fim’ (Dan. 12:7 e 9) é o alvo especial
dos ataques demoníacos.” – LES893, p.
18.
As investidas de Satanás
contra o povo de Deus nos últimos dias (Ver Dan. 11:44; 12:1) - “As pontas pequenas de Daniel 7 e 8, e o
‘assolador’ de Daniel 9:26 e 27, em suas aplicações no fim do tempo, são
denominados ‘rei do Norte’ (Daniel 11:40-45). Satanás usa esse poder terrestre
‘para destruir e exterminar a muitos’ (Dan. 11:44), antes do fim do julgamento
que precede o Segundo Advento. Quando terminar o tempo da graça e os justos
houverem sido vindicado legalmente (Dan. 7:26), Cristo Se levantará para
executar as decisões do tribunal. Então se intensificará a ira de Satanás, pois
‘haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele
tempo’ (Dan. 12:1). Mas a ira do dragão, que ameaça exterminar o povo de Deus,
é restringida por intervenção divina.” – LES893,
p. 18.
Remanescente - “A palavra grega traduzida por
‘remanescente’, nalgumas versões, significa ‘os restantes’. O verbo
correspondente quer dizer ‘deixar de resto’, ou ‘deixar ficar’. O
‘remanescente’ de Apocalipse 12:7 re refere aos verdadeiros seguidores de
Cristo (Sua Igreja) que restariam após o fim dos 1.260 anos em 1798. de acordo
com Daniel 12:7 e 9, essa data assinalou o começo do ‘tempo do fim’.” – LES893, p. 21.
“Apocalipse 12:17 ensina que o
dom profético se manifestaria na Igreja remanescente.” – LES893, p. 26.
“Deus sempre preserva um remanescente fiel. Em todas as épocas da História, quando a
maioria se afastou de Deus, o Senhor teve um ‘remanescente’ fiel. O
remanescente pode ser a minoria, mas não é necessariamente um grupo pequeno.
Por vezes ele foi um grupo bem grande. O remanescente tem sido constantemente
incumbido da missão especial de levar avante a obra de Deus na Terra,
preservando Sua verdade e transmitindo-a aos que os rodeiam.” LES893, p. 19.
“Desde o começo, os adventistas
do sétimo dia têm proclamado audazmente as três mensagens angélicas de
Apocalipse 14:6-12, as quais constituem o último apelo de Deus para que os
pecadores aceitem a Cristo, e crêem humildemente que o seu movimento é o
‘remanescente’ [de Apoc. 12:17]. Nenhuma
outra denominação religiosa está proclamando essa mensagem em conjunto, e
nenhuma outra cumpre as especificações delineadas nessa passagem. Por isso,
nenhuma outra possui bem fundada razão bíblica para afirmar que é ‘o
remanescente’ do verso 17.
“No entanto, os adventistas
rejeitam enfática e inequivocamente toda idéia de que só eles são filhos de
Deus e têm direito ao Céu. Crêem que todos aqueles que adoram a Deus com toda a
sinceridade, isto é, de acordo com toda a vontade de Deus revelada, de que têm
conhecimento, são presentemente possíveis membros desse ‘remanescente’ final
mencionado no capítulo 12, verso 17.” – SDABC,
vol. 7, p. 815, citado em LES893, p.
21.
“O remanescente fiel deve ser fiel. Que diria você se sua esposa
lhe dissesse: ‘Vou ser-lhe fiel do domingo à sexta-feira, mas no sábado serei
infiel.’? A igreja (mulher profética) que não é fiel no sábado, não é a igreja
de Apocalipse 12.” SRA/EP, p. 97.
Ver Apêndice: “Identificação do Remanescente”.
Os que guardam os
mandamentos de Deus – “O
remanescente é identificado aí com ‘os que guardam os mandamentos de Deus’
muito tempo depois da crucifixão de Cristo, em que numerosos cristãos dizem ter
sido abolida a lei. O Novo Testamento ensina que os Dez Mandamentos, da maneira
exemplificada na vida de Cristo, são a norma de justiça para os cristãos. (ver
Rom. 3:31; 7:7, 12 e 14; I S. João 2:4; S. Tia. 2:10-12.)” – LES893, p. 22 e 23.
“Ann Landers disse: ‘Se Deus não considerasse importante nossa
obediência a Ele, teria nos dado apenas dez sugestões.’
Muitas pessoas consideram os Dez Mandamentos como um conjunto de leis que não
se aplicam aos dias atuais. Alguns chegam a dizer que a tentativa de guardar os
Dez Mandamentos é uma forma de legalismo. Pensam que a lei do amor nos leva a
agir, algumas vezes, de forma contrária aos Dez Mandamentos. ” – LES963, lição 5, p. 1.
“O caráter de Deus não muda. Nos tempos eternos, antes que nosso mundo
fosse criado, Deus já era perfeitamente justo. Ele estava em perfeita
conformidade com a lei da vida, por Ele estabelecida. Essa lei define Sua
maneira de ser e a dos seres perfeitos criados por Ele. Se a lei de Deus
pudesse ser abolida ou mudada, o padrão de Seu caráter também seria mudado. Em
tais circunstâncias, Ele não poderia ser reconhecido como tendo uma justiça
imutável. A lei de Deus é tão imutável quanto o Seu caráter justo.” – LES963, lição 5, p. 2. (Nota do
compilador: textos citados pela referência: Mal. 3:6; Heb. 13:8; Tia. 1:17;
Sal. 119:142 e 152; 111:7 e 8.)
“’Os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de
Deus’ (Apoc. 12:17), não procuram excluir o mandamento do sábado da lista dos
preceitos de Cristo. A frase na mensagem do primeiro anjo: ‘E adorai Aquele que
fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas’ (Apoc. 14:7), é uma
alusão a Êxodo 20:11, que faz parte do quarto mandamento. A mensagem do
primeiro anjo nos convida a adorar o criador lembrando-nos do santo sábado do
sétimo dia.” – LES893, p. 24.
“O mesmo apóstolo João, que desmascarou Satanás, diz: ‘Para isto Se
manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo’ (I S. João 3:8).
Nosso Senhor Jesus disse que Ele não veio mudar a lei (São Mateus 5:17); que
ninguém tem, nem terá autoridade para mudar a lei (São Mateus 5:18); apesar de
que o anticristo intentaria faze-lo (Daniel 7:25). Jesus demonstrou ante o
Universo que é possível guardar a Santa lei de Deus. Seus méritos (se O
aceitamos) nos dão salvação (Romanos 5:19; 10:11). Uma vez redimido, o crente
vive regido pela ética de Cristo. Por isso São Paulo diz: ‘Anulamos, pois a lei
pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei’ (Romanos 3:31). ...
”Satanás odeia a Deus e Sua santa lei, expressão de Seu caráter. Por
isso é que quem vive segundo a carne em certa medida está reproduzindo a
conduta de Satanás, ‘pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar’
(Romanos 8:7). Nosso Senhor Jesus Cristo disse: ‘Se Me amais, guardareis os
Meus mandamentos’ (São João 14:15). Ao guardar os mandamentos, demonstramos
nossa identificação com Cristo. Isso explica porque Satanás ataca o
remanescente fiel que guarda Seus mandamentos. Fá-lo como uma prolongação da
luta que iniciou no Céu contra Cristo (Apocalipse 12:7). Mas é na hora da
perseguição que se torna mais agradável a promessa: ‘Sê fiel até à morte e
dar-te-ei a coroa da vida’ (Apocalipse 2:10).” – SRA/EP, p. 50.
“Você nota que muitas igrejas guardam a maioria dos mandamentos. Mas
aqui não diz ‘a maioria’. Deus revela que aqueles que são da descendência da
Igreja pura ‘Guardam os Mandamentos de Deus’, ou seja, todos os mandamentos.
Desde o momento que Jesus disse que não mudou, nem autorizou mudança alguma,
nem sequer um ‘j’ ou um til da lei enquanto houvesse céus e terra (São Mateus
5:17, 18), e que, se O amamos devemos guardar Seus mandamentos, assim como Ele
nos deu o exemplo guardando os mandamentos do Pai (São João 14:15; 15:10), não
poderíamos demonstrar que realmente temos a fé de Jesus se somos contrários à
observância da lei, ou aceitamos a modificação de algum dos mandamentos. Jesus
disse: ‘Por que Me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?’ (São
Lucas 6:46). E São João confirma: ‘Ora, sabemos que O conhecemos por isto: se
guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço, e não guarda os
mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade’. (I São João 2:3, 4). Não
podemos invocar o amor para desobedecer. ‘Porque este é o amor de Deus, que
guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos’ (I São
João 5:3).
“Quando foi a última vez que leu serena e detidamente os Dez Mandamentos
com o desejo de obedecer a tudo o que dizem? Estão em Êxodo 20:3-17.
“É provável que descubra, pesaroso, que a maioria dos cristãos não estão
respeitando o segundo mandamento (Êxodo 20:4-6) eliminado da lei que aparece
nos catecismos. Ou, talvez, veja com pena que as igrejas não estão respeitando
o dia de repouso que Deus santificou, o santo sábado (Êxodo 20:8-11). Mas, ao
mesmo tempo, terá a comovedora emoção de descobrir qual é a Igreja verdadeira;
esse remanescente fiel que resta na Igreja de Cristo. Não há como equivocar-se.
O Apocalipse diz que são cristãos (têm a fé de Jesus) os que ‘guardam os
mandamentos de Deus’ (Apocalipse 14:12). Por isso é que Satanás desata
intransigência e perseguição contra eles (Apocalipse 12:17).” – SRA/EP,
p. 97.
“Deus deseja que todos nos salvemos (I Timóteo 2:3, 4) e Satanás quer
desesperadamente que nos percamos. Expressamos nossa decisão por meio da
obediência. A Santa Bíblia ensina que somos escravos daquele a quem obedecemos,
‘seja do pecado, para a morte, ou da obediência, para a justiça’ (Romanos
6:16). Nisto não existe neutralidade. Jesus disse claramente: ‘Quem não é por
Mim, é contra Mim; e quem comigo não ajunta, espalha’ (São Mateus 12:30). Mas
não se esqueça de que, assim como todas as promessas do Apocalipse são para os
vencedores, em São João 14:1-3 o Senhor Jesus promete uma morada celestial para
os fiéis.” – SRA/EP, p. 110.
Obediência e salvação - “A obediência aos mandamentos nunca é
apresentada na Bíblia como meio de salvação. Mas é muitas vezes apresentada
como resultado e evidência da salvífica graça de Deus no coração. Está você
desfrutando a salvação em Cristo no tempo presente? Em caso afirmativo, viver
de acordo com os Seus mandamentos é uma alegria e um privilégio para você.” - LES893, p. 25.
“Assim como a figueira não produz frutos para receber méritos e chegar a
ser uma figueira, mas produz figos porque é figueira, o cristão não faz
o que é bom para pagar a salvação. Cristo já pagou o resgate. O cristão guarda
os Dez Mandamentos porque é uma nova criatura em Cristo. Os frutos demonstram
que ele não é mais rebelde.” – SRA/EP, p. 98.
O testemunho de Jesus – “... testemunho procedente ou da parte de Jesus; isto é, o testemunho
dado por Ele pela revelação profética.” – LES893,
p. 26.
“O dragão faz guerra contra os
que ‘têm o testemunho de Jesus’ (Apoc. 12:17). A frase é traduzida de várias
maneiras: ‘se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus’ (NVI), ‘são fiéis à verdade
revelada por Jesus’ (BLH). O verbo ter
significa, no grego, ter, sustentar,
guardar, possuir, preservar, colocar no coração. O remanescente tem o
testemunho de Jesus como sua posse.
“Sobre o significado da frase
‘testemunho de Jesus’, deve-se estudar Apocalipse 19:10. João queria adorar o
anjo que fora enviado a ele para lhe dar um testemunho a respeito de Jesus
(Apoc. 1:1 e 2). O anjo se identificou com aqueles que, como João, tinham
recebido o testemunho de Jesus. Quem eram essas pessoas? O anjo explicou: ‘o
testemunho de Jesus é o espírito de profecia’ (Apoc. 19:10). Assim como João e
seus companheiros profetas receberam o testemunho de Cristo a respeito dEle
mesmo, o anjo também recebeu e aceitou. Como Cristo era a Fonte da mensagem,
somente Ele podia ser adorado.
“Apocalipse 22:8 e 9 fala de
outra ocasião em que João tentou adorar o anjo. A resposta do anjo foi: ‘Vê,
não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas e dos que
guardam as palavras deste livro’ (Apoc. 22:9). Os que têm o testemunho de Jesus (Apoc. 19:10) são ‘os profetas’ (Apoc.
22:9). O ‘espírito de profecia’ possuído pelo anjo, João e seus companheiros
profetas é o testemunho que Jesus lhes deu a respeito de Si mesmo. Então, o
‘testemunho de Jesus’ (Apoc.12:17) é basicamente o dom de profecia,e,
secundariamente, as mensagens dadas pelos profetas.
“O dragão tenta afastar as
pessoas das mensagens dos profetas e da verdade de que o dom profético tem sido
manifesto nos últimos dias. (ver Joel 2:28-32; Efés. 4:11-14; Mat. 24:24.)” – LES963, lição 8, p. 3.
“No Novo testamento há um sentido muito
real em que o testemunho de Jesus se refere á especial revelação divina dada
pessoalmente por Ele e por intermédio dos profetas. (Ver S. João 3:11, 31 e 32;
S. João 15:27; Atos 10:43.) João atestou ‘o testemunho de Jesus Cristo’, que
lhe foi dado em visão na ilha de Patmos (Apoc. 1:2, 9 e 10).
“O Espírito de Profecia.
Apocalipse 19:10 define claramente ‘o testemunho de Jesus’ como ‘o espírito de
profecia’. Que é o ‘espírito de profecia’? Esta expressão pode referir-se à
compreensão das profecias pelos que as estudam. Nesse versículo, refere-se ao
dom especial possuído pelo anjo, por João e por outros profetas. Esta conclusão
tem o apoio de Apocalipse 22:8 e 9, uma passagem paralela. Assim como o anjo
recebeu a revelação necessária para transmitir ao mundo o testemunho de Cristo,
João também a recebeu.
“Revelação
especial na Igreja remanescente. No livro de Apocalipse, ‘o testemunho de
Jesus’ se refere a algo mais do que ao testemunho sobre Cristo que é aceito e
dado pelos cristãos. ‘O testemunho de Jesus’ se refere à obra de profetas
inspirados que receberam visões, sonhos e comunicações verbais de Deus para
serem transmitidas aos habitantes da Terra. Apocalipse 12:17 ensina que o dom
profético se manifestaria na Igreja remanescente.
“... A Igreja Adventista do
Sétimo Dia crê a respeito da obra de Ellen G. White (1827-1915): ‘Um dos dons
do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma característica da Igreja
remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White.’ – ‘Crenças
Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia’, Seventh Adventist Yearbook, 1987, pág. 7. Esta crença se baseia no
fato de que a obra de Ellen G. White está à altura das provas bíblicas de quem
um profeta é verdadeiro. Esta evidência inclui a harmonia de seus escritos com
as Escrituras, os frutos de sua obra, o cumprimento de suas predições, sua
exaltação de Cristo, bem como a natureza oportuna e prática e a exatidão de
suas mensagens. Seu estado físico enquanto se achava em visão também constitui
um fator corroborante. (Ver
Arthur L. White, Ellen G. White, 6
volumes. Review and Herald, 1981-1986.) (Ver ainda Joel 2:28-32; Efés.
4:11-14).” – LES893, p. 25 e 26.
“...provas de um profeta
verdadeiro...: Isa. 8:20; Apoc. 22:18 e 19; S. mat. 7:15-20; Deut. 18:21 e 22;
Jer. 28:9; I S. João 4:1-3.” – LES893, p. 27.
Ver ainda Apêndice: “O testemunho
de Jesus”.
12:18 E o dragão parou sobre a areia do
mar.
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